sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Diálogo com Augusto de Campos

Por Edson Cruz
Em 15/08/2012




A poesia é de longe a linguagem de maior potência de significação – “a mais condensada forma de expressão verbal”, no dizer de Pound –, e não é de espantar a variedade de leituras, de idiossincrasias, de práticas que permeiam a poética contemporânea e, evidente, a sua recepção. Tão diversas como o são os próprios seres e seus interesses.

O poeta e editor Edson Cruz instigou a possibilidade dessa reflexão e constatação convidando poetas de várias linhagens e calibres a refletirem sobre o fazer poético e as referências fundamentais para o trabalho de cada um deles.

O resultado transformou-se em livro que é o mote para os diálogos que a Casa das Rosas – Espaço Haroldo de Campos de Poesia e Literatura tem oferecido (todo o último domingo do mês) desde maio de 2012.

A cada encontro, um grande poeta em atividade fala sobre sua visão de poesia, sobre suas influências, sobre a recepção de seu trabalho e o mercado editorial, além de responder a questões do mediador e do público presente.

Pra iniciar o projeto, em 27/05/2012, nada mais nada menos do que o “soulman” da poesia contemporânea brasileira: AUGUSTO DE CAMPOS.

Foi uma verdadeira aula magna de poesia, um diálogo descontraído e informado sobre a trajetória deste que é um dos principais poetas brasileiros de todos os tempos.











Fonte: MUSA RARA

Humberto Barros lança parceria virtual

A poetisa e cronista mineira Helena de Oliveira escreveu um texto nas redes sociais que despertou a atenção do cantor e compositor Humberto Barros. Curiosamente, o texto encontrava-se com uma melodia na qual Humberto trabalhava naquele exato momento em que lia.

E ele conta um pouco mais:

“A história dela começa nos tempos de MySpace… A Helena tinha uns dezesseis anos, apareceu no myspace, me mostrou uns textos incríveis, demonstrou interesse no som que eu postava lá, nos clipes… e assim foi… sumiu. Ela lá em BH eu por aqui no Rio. E um dia, no twitter, a reencontrei.”

Daí nasceu “Ultrapassar os tempos”, com Maurício Almeida no baixo e guitarra power cords e Marcelo Vig na Bateria. Humberto Barros assume Guitarras, violão, piano Wurlitzer, orgão TX-5, Synths e voz.


Há um momento aqui em que a imagem não ilude
O sinal do tempo está à frente
A memória risca, mas não fere

Os tipos, trejeitos , as figuras
O que se vende é o que se compra
Tudo aqui se oferece
E você está para esquecer
Continuar e amanhecer
É preciso ultrapassar os tempos
Lavar a sua própria roupa
Ser duro e sonhar no abrigo das palavras
Criar aquilo que nunca foi

Cada pausa exige uma licença
Desajustar o teu relógio
Ser aquilo que a vida quis
Maturidade é para os outros

Quero ter a possibilidade
Além das lentes de aumento
Dos ópios e de mais neon
Tempo em moradia….tempo bom

É preciso ultrapassar os tempos
Lavar a sua própria roupa
Ser duro e sonhar no abrigo das palavras
Criar aquilo que nunca foi


Fonte: CARACTAGS

Nando Lima apresenta ‘’O coração na curva de um rio’’


O ator, diretor, cenógrafo e pesquisador Nando Lima apresenta “O coração na curva de um rio”, performance de 35 minutos, resultado do projeto que recebeu a Bolsa de Pesquisa de Criação e Experimentação Artística do Instituto de Artes do Pará. O próprio Nando Lima está em cena, com desenho de som de Leo Bitar e assistência de produção de Lenilsom Farias.

Após meses de um longo processo de pesquisa que envolveu leituras de livros, jornais e publicações antigas, viagem para captação de imagens e áudios, e um seminário, “O coração na curva de um rio”, finalmente tem sua primeira fase finalizada e concretizada na performance que já foi mostrada ao público na semana passada, tem sessões nos dias 15 e 16 de dezembro, próximos sábado e domingo, no Espaço Reator, sempre às 20 horas, com entrada franca.

A performance traz como sujeito marcante o vídeo que revela imagens captadas ao longo da pesquisa. A equipe viajou até o Marajó, refazendo a viagem de 40 anos atrás feita pelo navio Presidente Vargas, que naufragou na baía. Chegando em Soure, os aspectos mais marcantes da cidade foram registrados por Nando e Leo Bitar: largas avenidas, o Farol na praia “Do mata fome” e principalmente o antigo trapiche da cidade. Há ainda algumas imagens de Belém ao longo do porto, da silhueta da cidade moderna, os vilarejos ribeirinhos, e também o cotidiano atual do transito fluvial.

Para Nando tudo isso foi uma forma de revisitar sua memória, sempre voltada a cores e formas para a construção de sua arte. Diferindo-se do mero registro documental, estes vídeos tem a intenção de traduzir para o espectador o olhar e a memória do artista filtrados ao longo dos anos.

“Diferente da questão do espetáculo teatral voltado ao  drama, o que pessoas vão ver são sequências de imagens e pequenas ações complementando estas paisagens. Não há a intenção de dramatizar ou elucidar o drama ou o fato histórico ou qualquer um outro fato que localize um  lugar, Soure ou Belém. Isto tudo soma com  a ideia do sensorial, ligado a questão das artes visuais”, conta Nando.

Serviço
 “O coração na curva de um rio”
performance de Nando Lima,

Data:  15 e 16 de dezembro - sábado e domingo
Hora: 20h
Local: Reator
End.: Rua 14 de abril, 1053 (próx. Gov. José Malcher)
Informações: (91) 8112-8497
Entrada franca


Fonte: GUIART

LIA SOPHIA COMEMORA O SUCESSO DE 2012 NESSE SÁBADO, COM O BAILE “BREGA CHIC”


Nascida na Guiana Francesa, Lia Sophia morou em Macapá e aos 17 anos chegou em Belém com o objetivo de cursar Psicologia. Esse momento foi a primeira vez que Lia entrou em contato com a música popular brasileira, diga-se de passagem, da melhor maneira possível, através dos CDS de João Gilberto e Marisa Monte. A paixão foi imediata! Lia Sophia conhecia então a MPB, sem saber que mais tarde a MPB conheceria Lia Sophia.

Apesar de ter vindo de uma família de músicos, a cantora relutou em abraçar a carreira musical. Foi na capital paraense, como forma de se manter financeiramente, que Lia deu os primeiros passos na carreira artística. Depois de formar um público fiel, em 2005 grava o seu primeiro disco intitulado “Livre”, no qual a faixa autoral “Eu só quero você” tornou-se uma das músicas mais pedidas nas rádios de Belém e que também virou objeto de campanhas publicitárias.
Três anos depois gravou o CD “Castelo de Luz”, com 13 faixas autorais, em que Lia revela toda a sua face artística e compõe, canta, toca e assina arranjos e co-produção. O disco consolidou a vertente compositora da artista e para Edgar Augusto “Trata-se de um dos melhores álbuns paraenses de música pop que já escutamos nos últimos anos... Um Castelo de Luz dos mais iluminados.” Edgar Augusto (Jornalista e crítico musical) – Fonte: Diário do Pará 14/06/09.

O passo seguinte foi o mais ousado dos discos lançados até o momento. O disco “Amor, Amor”, com releituras de clássicos da música brega nortista dos anos 70 e 80 que fazem a trilha sonora dos bailes da saudade. Lia diz “que esta é uma volta ao passado com um olhar de agora”. Responsável pela direção artística do disco, a cantora misturou influências eletrônicas mais modernas da música brasileira com os ritmos mais regionais da sua vivência nortista. Com o quarto disco, que deverá se chamar “Lia Sophia” ao invés do projeto inicial “Salto Mortal”, em fase final de produção, Lia pretende trazer ritmos que representem a latinidade amazônica de maneira moderna, misturando com o já tradicional carimbó, guitarrada e zouk. No disco devem estar presentes as faixas “Ai, Menina” (música presente na trilha da novela Amor Eterno Amor), “Salto Mortal” e “Amor de Promoção”.

No próximo sábado (15 de dezembro), Lia Sophia encerra 2012 com o Baile Brega Chic. Entre os convidados teremos Arraial do Pavulagem, Mahrco Monteiro e Alberto Moreno. O objetivo do baile, que chega à sua 8º edição, é mostrar um pouco da mistura de ritmos e sonoridades que marca a música feita no Pará.

Serviço:
8º Baile Brega Chic, sábado, 15, às 22h, no Espaço Fronteira, localizado na Municipalidade 488. Ingressos à venda no local. Informações: 8119-8733.


Texto: Wellington Rocha - Consultor Externo do blog Grupo de Pesquisa EELLIP | UFPA - João Guimarães Rosa: arquivo & debates na Amazônia.