quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

ENSAIO LITERÁRIO


A REFRAÇÃO DO ESTRATO SONORO NA POÉTICA SIMBOLISTA: brevidades



I

Moréas et le symbolisme, par Paul Gauguin
Uma das hipóteses mais convergentes entre os estudiosos de História da Literatura para tratar acerca das origens do Simbolismo, de matriz francesa e comum às letras ocidentais do período em recorte, postula que o último decênio do século XIX, mais especificamente, quando da publicação do Manifeste du Symbolisme (1886), por Jean Moréas (1856-1910), se notabiliza por ser o momento áureo dessa tendência estética, caracterizada, entre outras constantes, pelo apreço impulsivo em relação ao experienciar de um estrato linguístico anterior e ilógico à mera compreensão dos conteúdos exprimidos pela linguagem cotidiana – e poética, se pensarmos no labor formal dos parnasianos –, uma vez que a representação mimética do signo linguístico não é mais considerada como a legítima substância da poesia, senão o impelir das vibrações musicais subjacentes ao significado.

A ideia de poésie purê, que não comunica por si só, mas é matéria propriamente acabada em si mesma, de certo modo, fundamenta toda uma concepção de idealidade vazia, que sintetiza, na fuga do real, sob a égide do mistério, o operar das possibilidades associativas do verbo plurissignificativo com as forças da sonoridade, consequentemente, resultando na afirmação das “tensões dissonantes” da lírica dos simbolistas, cujas novidades trazidas por seus expoentes visavam à la musique avant toute chose, pois, por meio dela, o “eu profundo”, ao emergir das esferas do inconsciente, transporia a zona de consciência e “atingiria os extratos mentais anteriores à fala”, com o intuito trazer para o plano artístico, por meio da metaforização, as mediações simbólicas entre o mundo interior, intuitivo, e o exterior, lógico, do poeta.

Diante dessas considerações preliminares, pretende-se relacionar os elementos sonoros que trazem à cena a musicalidade presente na poesia de Cruz e Sousa (1861-1898), Alphonsus de Guimaraens (1870-1921) e Augusto dos Anjos (1884-1914), bem como as possíveis recorrências temáticas que constatam o enquadramento desses autores em um prisma simbolista sui generis.


II

Quanto à produção de uma literatura nacional, pode-se dizer que, se Cruz e Sousa não nega o contributo da tradição parnasiana, ou já dos precursores da nova estética, subsequente a ela, mesmo assim, não se pode afirmar de todo que o poeta situa-se entre a originalidade e a repetição porque, ao contrário da conciliação, mediante o simples diálogo com as produções de Verlaine e Mallarmé, o autor se apropria do melhor de seus mestres para superá-los. 

Já sobre a simbiose efetuada pelo escritor de Broquéis (1893) entre a poesia e a música, e, em concordância com a leitura de Ronaldo Assunção (1993) para essa problemática, acredita-se, aqui, que o elemento rítmico, musical, é basilar para a evocação, em Cruz e Sousa, de um sentimento de nostalgia profunda, que induz à apatia e remonta ao “Spleen” de Baudelaire: seria o “Banzo” africano, sentimento segundo o qual se toma do indivíduo, a partir do fortuito da desdita, a alegria da liberdade, e gera-se uma tensão, espécie de “dialética negativa”, que torna irreconciliável as disparidades entre esse sujeito e o meio em que vive, um completo desajustamento decorrente de sua anormalidade, como se expressa no excerto a seguir, de “Sonata”:


Do immenso Mar maravilhoso, amargos,
Marulhosos murmurem compungentes
Canticos virgens de emoções latentes,
Do sol nos mórnos, mórbidos lethargos...

Canções, leves canções de gondoleiros,
Canções do Amor, nostalgicas balladas,
Cantai com o Mar, com as ondas esverdeadas,
De languidos e trémulos nevoeiros!

Tritões marinhos, bellos deuses rudes,
Divindades dos tártaros abysmos,
Vibrai, com os verdes e ácres electrismos.
Das vagas, flautas e harpas e alaúdes!

Ó Mar supremo, de flagrancia crúa,
De pomposas e de ásperas realezas,
Cantai, cantai os tédios e as tristezas
Que érram nas frias solidões da Lua 


A começar por seu título, “Sonata”, um modo de técnica para o instrumental clássico, que obedece, em média, de três a quatro movimentos em sua ordem geral, a saber, o primeiro, como sendo o plano predeterminado da exposição, desenvolvimento e reexposição, donde, a posteriori, passa-se a uma cadência mais regular e lenta, e, num outro momento, o terceiro, e culminante, transmuta-se em pulsação mais rápida e liberta, os desvelamentos da musicalidade no poema são entrevistos pela carga original vinculada a palavra “Mar”, ressonância repercutida sobre todos os demais versos, que são harmonizados com esse vocábulo, e surgem, novamente, em “MARavilhoso”, “aMARgos” e “MARulhoso”, por exemplo, sugerindo o som das vagas, assim como de sua quebra, em termos como “comPUNgentes”, ou frases inteiras, representativas do ruído da água, como “Ó mar suPREmo, de FRAGRÂncia CRUa, [...].”

Alphonsus de Guimaraens, igualmente, propõe essa correspondência dos elementos sonoros com o signo verbal, em “Ária do Luar” , poema em que se é possível inferir, do ponto de vista de uma exegese que privilegie sua imagística, não apenas o jogo sinestésico contido no cruzamento de sensações — como no trecho “O luar, sonora barcarola / Aroma de argental caçoula” —, fruto da fusão de suas expressões em uma única impressão, mas os desdobramentos do intercâmbio estabelecido entre a luminosidade da lua e a “Cauda de virgem”, ou, os “lençóis”, “claros de neve”. É válido ressaltar, também, que, como o poeta citado anteriormente, o autor em questão se utiliza de uma forma do cânon musical, Ária, composição, de cunho sentimental, destinada ao canto, que, a esse respeito, muito nos diz sobre a conformação estética, a partir da sucessão de tons melódicos, que evidenciam, com base nessa importância assumida pelo comprometimento de Guimaraens com o ideário de musicalidade simbolista, o movimento criador de uma dinâmica para a descrição dos efeitos de um anoitecer enluarado:


O luar, sonora barcarola,
Aroma de argental caçoula,
Azul, azul em fora rola...

Cauda de virgem lacrimosa,
Sobre montanhas negras pousa,
Da luz na quietação radiosa.

Como lençóis claros de neve,
Que o sol filtrando em luz esteve,
É transparente, é branco, é leve.

Eurritmia celestial das cores,
Parece feito dos menores
E mais transcendentes odores.

Por essas noites, brancas telas,
Cheias de esperanças de estrelas,
O luar é o sonho das donzelas.

Tem cabalísticos poderes
Como os olhares das mulheres:
Melancoliza e enerva os seres.

Afunda na água o alvo cabelo,
E brilha logo, algente e belo,
Em cada lago um sete-estrelo.

Cantos de amor, salmos de prece,
Gemidos, tudo anda por esse
Olhar que Deus à terra desce.

Pela sua asa, no ar revolta,
Ao coração do amante volta
A Alma da amada aos beijos solta.

Rola, sonora barcarola,
Aroma de argental caçoula,
O luar, azul em fora, rola... 


Um contracanto a faceta musical diversa na escola simbolista seria Augusto dos Anjos. Se, tanto em Cruz e Sousa quanto em Alphonsus de Guimaraens a presença da natureza, nos poemas em estudo, é um índice favorecedor de um estado que “melancoliza e enerva os seres”, nos dizeres desse último, em Augusto dos Anjos há certo distanciamento crítico, motivado pelo modo desesperador com que seu olhar incide sobre a matéria humana, assim instaurando, em sua poiésis, como que uma autofagia. Em “O Bandolim”, isso é nitidamente perceptível na palavra Fado, grafada com maiúscula alegorizante, que, além de operar como eixo estruturador, e por que não dizer fundamental, do soneto, pode ser tomada a partir de, pelo menos, duas acepções: a primeira, trata uma ideia de vaticínio do qual não se pode fugir, e bem se sabe que, em Augusto dos Anjos, esse principio se relaciona com a morte; a segunda, refere-se a uma espécie de canção popular de origem portuguesa, de caráter lamentoso, acompanhada por instrumentos de cordas.


Cantas, soluças, bandolim do Fado
E de Saudade o peito meu transbordas;
Choras, e eu julgo que nas tuas cordas
Choram todas as cordas do Passado!

Guardas a alma talvez d’um desgraçado,
Um dia morto da Ilusão às bordas,
Tanto que cantas, e ilusões acordas,
Tanto que gemes, bandolim do Fado.

Quando alta noite, a lua é triste e calma,
Teu canto, vindo de profundas fráguas,
É como as nênias do Coveiro d’alma!

Tudo eterizas num coral de endechas...
E vais aos poucos soluçando mágoas,
E vais aos poucos soluçando queixas!  


III

Em suma, e em termos comparativos, os dois primeiros poemas tratados nessa breve interpretação seguem uma trajetória concomitantemente inversa, uma subjetividade objetiva, isto é, a partir dos elementos de uma poética intrínseca à natureza, como o “Mar”, em Cruz e Sousa, e o “Luar”, em Alphonsus de Guimaraens, o eu-lírico se apresenta, em seu tédio, sem necessariamente adentrar em inquietações metafísicas, diferentemente de como se dá em Augusto dos Anjos, que se utiliza de temas musicais para, em sua objetividade subjetiva, descrever a experiência cognitiva suscitada pela combinação harmoniosa e expressiva do som, ideal de suma importância para a estética simbolista.


REFERÊNCIAS

TEXTOS TEÓRICOS E POESIA

1. ANJOS, Augusto dos. Eu e outras poesias. 42. ed. Rio de Janeiro : Civilização Brasileira, 1998. p. 100.
2. ASSUNÇÃO, R. . Uma leitura polifônica de Cruz e Sousa. Revista Travessia, Florianópolis-SC, v. 1 nº26, p. 103-111, 1993.
3. FRIEDRICH, Hugo. “Perpectiva e retrospecto”. In: Estrutura da Lírica Moderna. Trad. Marise M. Curioni. 2. ed. São Paulo: Duas Cidades, 1991. p. 15-34.
4. MOISÉS, Massaud. A Literatura brasileira: o Simbolismo (1893-1902). 4. ed. São Paulo: Cultrix, 1973. p. 13-47.

TEXTOS ELETRÔNICOS (POEMAS)

5. “Sonata”, de Cruz e Sousa: http://pt.wikisource.org/wiki/Sonata.
6. “Ária do Luar”, de Alphonsus de Guimaraens: http://www.jayrus.art.br/Sessao_Revisao.htm.

Nelson Rodrigues e o mundo kitsch


Por Dirce Waltrick do Amarante
Em 02/11/2012


Alguns críticos compararam a obra de Nelson Rodrigues com a do italiano Luigi Pirandello, outros com a do norte-americano Eugene O`Neill, etc. Nem a obra desses dois dramaturgos nem a de outros dramaturgos estrangeiros célebres se assemelhariam, parece-me, à obra do autor de A falecida, uma vez que esta tem raízes latino-americanas (ou só cariocas?) tão profundas quanto “inalcançáveis” para quem vive (basta pensar na fria recepção das peças teatrais de Nelson no estrangeiro) ou escreve fora desse contexto.

A obra de Nelson Rodrigues, carregada de uma “cafonice” tipicamente latino-americana, poderia ser captada, numa leitura contemporânea e ousada, pelas lentes do fotógrafo argentino Marcos López, que esteve há pouco no Brasil e definiu seu trabalho, para o jornal “Folha de São Paulo”, como “um barroco psicodélico latino-americano, mistura de cabarés de Inquito, no Peru, com as influências dramáticas de Glauber Rocha, um pouco da melancolia do tango, Diego Rivera e a arte pop de Andy Warhol traduzida a uma espécie de Carnaval latino – um grande teatro”.

O fato é que os escritos de Nelson Rodrigues estariam muito próximos do conceito de kitsch ou ultrakitsch, não no sentido pejorativo do termo, mas no seu sentido estético, uma vez que são obras carregadas de mau gosto, de sentimentalismos baratos, que copiariam, intencionalmente, talvez, referências da cultura erudita para traduzir a realidade cafona terceiro-mundista (ou seria só carioca?):

“Também uma coisa eu te digo: o casamento de Maninha vai ser um estouro. Nem filha de Mattarazzo, compreendeu? Posso vender meu corpo, tal e coisa, mas o dinheirinho vai direto para o enxoval … Eu fico só com o ordenado do emprego …” (Peça Os sete gatinhos.)

A propósito do efeito que a obra de Nelson Rodrigues provocaria no leitor/espectador, ele estaria reduzida, segundo a opinião de vasta parcela da crítica, unicamente a esse desejo de provocação. Nisso a crítica adota como guia uma ideia do próprio escritor, segundo a qual suas obras eram desagradáveis por serem “pestilentas, fétidas, capazes, por si só, de produzir o tifo e a malária na plateia”. Até mesmo a crítica contemporânea endossa as palavras de Nelson Rodrigues e insiste em afirmar que: “o leitor ou espectador é conduzido por sensações e emoções tão distintas que ouso falar em terror e piedade”, como opinou Marco Antônio Braz, em artigo escrito em 2004.

Certamente, a obra de Nelson Rodrigues não perdeu ao longo do tempo seu poder de provocação, e não tolera, por isso mesmo, uma contemplação desinteressada. Mas, hoje, talvez se possa dizer que sua obra não provoca mais no leitor nem “terror” nem “piedade”, porém uma histeria latino-americana e um estranhamento diante de seu anacronismo:

“Ariel pulou:

– Quer dizer que você lê notícia de crime e fica assanhada. E eu é que pago o pato? Sim, senhor! Uma dona de casa, uma senhora casada!

Abria a primeira página e percorria aquele mostruário de crimes. Um título maior chama a sua atenção. Era uma matéria sobre um ignóbil atentado sexual. A mulher, que olhava de lado, cutuca-o:

– Meu filho, lê essa curra!” (Conto “Imaginação”.)

O escritor e dramaturgo brasileiro falava da sociedade pequeno-burguesa da periferia do Rio de Janeiro, de meados do século passado. Sua obra tornou-se um meio de representação cultural que, assim como acontece no kitsch, faz o público pensar que está fruindo de uma representação original do mundo, quando, na realidade, goza de uma imitação secundária da força primária das imagens, tirando sua força estética do exagero:

“Eu sei de tudo — você é noivo, não pode desmanchar o noivado e quis me comprar.

Pausa. Ele a olha com os olhos cheios de lágrimas . Norma completa:

– Mas eu não me vendo. Eu não custo nada. Eu me dou.

Aperta-o nos seus braços e o beija com infinito amor. (Conto “O carro”.)

Não é o caso de se concordar com Oswald de Andrade, quando ele diz que “o caso Nelson Rodrigues demonstra simplesmente os abismos da nossa incultura. Num país medianamente civilizado, a polícia literária impediria que sua melhor obra não passasse de um folhetim de jornalão de quinta-classe”. Talvez nos caiba afirmar que, possivelmente, Nelson Rodrigues tenha sido na sua época e ainda hoje é um dos maiores representantes da literatura kitsch latino-americana.


Dirce Waltrick do Amarante é professora do curso de artes cênicas da UFSC. E-mail: dwa@matrix.com.br



BIBLIOTECA PÚBLICA ARTHUR VIANNA DISPONIBILIZA ACESSO GRATUITO À OBRAS RARAS


A Seção de Obras Raras da Biblioteca Pública Arthur Vianna disponibiliza gratuitamente para os seus visitantes um dos acervos mais significativos e de alto valor histórico destinado a pesquisadores, constituídos de livros, folhetos e periódicos dos séculos XVII a XX.

A consulta ao aplicativo "Obras Raras - Acervo Digital" é uma iniciativa mantida pela Biblioteca e tem como objetivo expor, de forma parcial, o rico acervo e suas preciosidades bibliográficas. 

Os títulos disponibilizados para consulta estão em ordem alfabética, e você pode conferi-los, clicando aqui.


Fonte: FUNDAÇÃO CULTURAL DO PARÁ TANCREDO NEVES

Chamada para publicação: E-scrita | Revista do Curso de Letras da UNIABEU


Chamada para o v. 4 n. 1, jan/abr de 2013

  • O número consistirá em resenhas e artigos para as seções: Estudos Literários, Ensino-aprendizagem e Estudos Linguísticos.
  • Serão também aceitos artigos para o dossiê "A literatura contemporânea e a escrita de si".

Prazo para o envio de contribuições: 20 de janeiro de 2013.

Acesse o site da revista e saiba mais sobre as normas para publicação.

EELLIP - Dica de Leitura!

Nessa seção, seguem algumas dicas de leitura de textos recentes acerca de Guimarães Rosa. As atualizações serão feitas diariamente, visando ao contato dos interessados com novas perspectivas interpretativas para o estudo da obra rosiana.



Lido sob a ótica do narrador de focalização zero, “A hora e a vez de Augusto Matraga” apresenta ao leitor o itinerário do protagonista: uma jornada linear de sofrimentos, provações, transformações que conduzem a um destino final que pretende conciliar em harmonia os caminhos e descaminhos do percurso. Atenta a essa perspectiva oferecida pelo narrador, a crítica maior de Guimarães Rosa entende a estória de Nhô Augusto como uma narrativa cristã de ascese em três etapas que, embora definidas de formas diversas, poderia ser pensada em termos de pecado, penitência e redenção. O presente trabalho pretende explorar a dimensão de desvios e rupturas que perturbam esse trajeto linear e nele deixam marcas de ambiguidades e incertezas profundas. Lido dessa forma, o texto apresenta ao leitor, para além de um destino bem definido, o que Jacques Derrida chama de “destinerrâncias”: um destino que tenta, sem sucesso, negar veredas alternativas capazes, no limite, de comprometer o final feliz da narrativa de ascese.

***

Read according to the perception of the narrative voice of zero focalization, “A hora e a vez de Augusto Matraga” presents to the reader the itinerary of the protagonist: a linear journey of suffering, temptations and transformations leading to a final destiny that presumably gathers in harmony the ups and downs of the journey. Aware of this perspective proposed by the narrator, major critics of Guimarães Rosa have perceived the story of Nhô Augusto as a Christian narrative of ascesis in three stages that, although defined in different ways, could be understood in terms of sin, penitence and redemption. This essay intends to explore the dimension of detours and disruptions that disturbs this linear trajectory, compromising it with profound marks of ambiguities and uncertainties. Read in this way, the text presents the reader not only with a destiny, but with what Jacques Derrida calls “destinerrances”: a “destiny” that tries, unsuccessfully, to deny the possibility of those alternative side routes which ultimately challenge the significance of the happy ending of the narrative of ascesis.

Para conferir o artigo de Sérgio Bellei na íntegra, publicado na revista Letras de Hoje, clique aqui.


Referência: BELLEI, Sérgio Luiz Prado. Matraga revisitado: itinerário, destino, destinerrâncias. Letras de Hoje, Porto Alegre, v. 47, n. 2, p. 146-156, abr./jun. 2012.

Ivan Cardoso e Lia Sophia cantam na ‘’Quinta Cultural’’


A “Quinta Cultural” do Banco da Amazônia traz netsa (sic) quinta, dia 6, duas atrações musicais de peso, os cantores Ivan Cardoso e Lia Sophia. O cantor Ivan Cardoso atua no cenário paraense há 27anos como compositor, músico e intérprete, já participou e foi premiado em diversos festivais. Possui músicas gravadas por diversos grupos e intérpretes de Belém como: Nazaré Pereira, Arraial do Pavulagem, Nilson Chaves, Lucinha Bastos, Marcos Monteiro (sic) entre outros. Neste show Ivan apresenta o repertório do CD “No Reino da Carimbolândia”, lançado neste ano.

A cantora, compositora e instrumentista Lia Sophia apresenta um show que transita pelos ritmos Brega, Carimbó, Guitarrada e Pop eletrônico. No decorrer de sua produtiva carreira, emplacou o sucesso “Ai Menina” que fez parte da trilha sonora da nova novela “Amor Eterno Amor”, atingindo o cenário nacional.

O projeto 5ª Cultural é abre espaço para variadas formas de manifestações artísticas desde 2000 e já recebeu duas vezes o prêmio Top Nacional de Marketing, da Associação de Dirigentes de Venda do Brasil (ADVB), por ser ter sido considerado uma das importantes ações de responsabilidade social do Banco.

O show de Ivan Cardoso e Lia Sophia acontece a partir das 18h30, no Camarin Cultural, que fica localizado na Av. Senador Lemos 252, entre D. Romualdo de Seixas e Almirante Wandenkolk.

Os ingressos pode ser adquiridos antecipadamente mediante a doação de dois brinquedos novos, na sede do Banco da Amazônia, na Av. Presidente Vargas n.º 800 (térreo).

Serviço:
Ivan Cardoso e Lia Sophia - Quinta Cultural

Data: 06 de dezembro – quinta
Hora: 18h30
Local: Camarin Cultural 
End.: Av. Senador Lemos 252
Ingresso: doação de 2 brinquedos novos


Fonte: GUIART

Estágio, via IEL, para os estudantes de Jornalismo e Direito


ESTÁGIO: JORNALISMO

  • BOLSA AUXÍLIO: R$ 622,00
  • HORÁRIO: 07:45hs as 12:45hs
  • PRÉ-REQUISITO: Alunos a partir do 5º semestre.


ESTÁGIO: DIREITO

  • BOLSA AUXÍLIO: R$ 622,00
  • HORÁRIO: 09:00 AS 17:00HS (2HS DE INTERVALO)
  • PRÉ-REQUISITO: Alunos a partir do 7º semestre. Desejável possuir experiência em Escritório.

Interessados enviar currículo para o e-mail:

recrutamento@iel-pa.org.br ou deixar no End: TV. Quintino Bocaiuva 1588. Prédio da Fiepa. Horário de 09:00 as 18:00hs.

Rock experimental de qualidade no IAP

Macaco Bong é uma banda de rock instrumental brasileira proveniente de Cuiabá (MT) formada em 2004. A banda foi uma das grandes revelações no cenário brasileiro, inclusive, vem recebendo criticas positivas que vão desde a revista Rolling Stone, como melhores músicas nacionais de 2008, a prêmios como Dynamite, de melhor álbum de música instrumental de 2012. O grupo composto inicialmente por quatro integrantes em 2004, entretanto em 2005 transformou-se em um power trio (Guitarra, contrabaixo e bateira)  com  Bruno Kayapy, Yaniã Benthroldo e Grabriel Murilo respectivamente. O bom som experimentalista do Macaco bong você poderá ouvi-lo gratuitamente hoje no IAP (Instituto de Artes do Pará), a banda faz parte da programação do VII festival Se Rasgum com início hoje no instituto supracitado e nos dois dias seguintes no African Bar.

Confira a programação do FESTIVAL SERASGUM


Texto: Francisco Ribeiro - Consultor de Artes do blog Grupo de Pesquisa EELLIP | UFPA - João Guimarães Rosa: arquivo & debates na Amazônia.

Download gratuito de um legado da língua portuguesa para mundo


O site Domínio Público disponibilizou para download 21 obras do consagrado escritor português Fernando Pessoa. Entre as obras acessíveis pelo portal, pode-se encontrar tanto prosas quanto poemas escritos pelos diversos heterônimos do poeta. Dentre elas, o “Poemas de Álvaros de Campos”, “Cancioneiro”, “Poemas de Ricardo Reis” entre outros clássicos.

Fernando Antônio Nogueira Pessoa é um dos mais importantes escritores e poetas do modernismo em Portugal e, também, um dos maiores nomes da literatura universal, comparado muitas vezes com Luiz de Camões. Como prova disso, o crítico literário Harold Bloom considerou a sua obra um "legado da língua portuguesa ao mundo". O poeta nasceu em 13 de junho de 1888, na cidade Lisboa, e morreu na mesma cidade, em 30 de novembro de 1935. 

Fernando Pessoa usou seu próprio nome (ortônimo) para assinar várias obras e heterônimos para assinar outras. Interessante que este último, tinha personalidade própria e característica literárias diferenciadas.

Acesse o PORTAL DOMÍNIO PÚBLICO e faça já seu download!


Texto: Francisco Ribeiro - Consultor de Artes do blog Grupo de Pesquisa EELLIP | UFPA - João Guimarães Rosa: arquivo & debates na Amazônia.

Colóquio Internacional sobre Literatura Brasileira Contemporânea: espaços, traduções e intermediações culturais | Brasil - França - Alemanha


Université de Paris-Sorbonne
Maison de la Recherche
28, rue Serpente
75006 Paris 

Ibero-Amerikanisches Institut Berlin
Simon Bolívar-Saal
Potsdamerstr. 37,
10785 Berlin



Organização:


Regina Dalcastagnè
(Universidade de Brasília)
José Leonardo Tonus
(Université de Paris-Sorbonne)
Maria Graciete Besse
(Université de Paris-Sorbonne)
Susanne Klengel
(Lateinamerika-Institut, Freie Universität Berlin)
Georg Wink (Lateinamerika-Institut, Freie Universität Berlin)



A literatura brasileira contemporânea é heterogênea e de difícil delimitação. Ela não se prende a definições unívocas, muito menos se submete com facilidade a generalizações. Se, por um lado, busca acompanhar as transformações sociais e políticas ocorridas no Brasil a partir do final da ditadura militar, por outro, tem de dar conta de novos modos de se constituir como forma de expressão artística. Daí os inúmeros deslocamentos e diálogos efetuados em seu interior, seja refletindo sobre a inclusão de novas vozes sociais, seja incorporando recursos e estratégias provenientes de outras linguagens artísticas, seja, finalmente, discutindo sua relação com os meios comunicação de massa.

Este colóquio – que reunirá pesquisadores de diversas instituições acadêmicas da Alemanha, Áustria, Brasil, Dinamarca, Estados Unidos, Espanha, França, Inglaterra e Portugal – pretende abordar alguns destes movimentos, e suas intermediações, tentando captar suas consequências no campo literário brasileiro e no interior das obras literárias. Ele surge dos diálogos estabelecidos entre estudiosos de literatura brasileira contemporânea de três grupos de pesquisa  e marca a consolidação da cooperação entre três instituições de ensino superior: a Universidade de Brasília, a Universidade de Paris-Sorbonne e a Freie Universität Berlin.

As diferentes procedências dos participantes apontam também as diferentes perspectivas teóricas e metodológicas que estarão em debate no encontro. E nem poderia ser de outra forma, tendo em vista a multiplicidade de problemas colocados por essa literatura. Estarão em discussão, portanto, desde questões mais teóricas, necessárias para a análise das obras literárias em seu conjunto, até estudos  pontuais sobre livros e autores específicos, incluindo ainda interpretações sobre o campo literário brasileiro atual. Todos os trabalhos trarão como preocupação central o fazer literário na contemporaneidade.

Inscrições e  informações: coloquio2013@hotmail.fr


Fonte: GELBC

V Simpósio Olhares sobre o poético | UFPA

O Simpósio Olhares sobre o poético chega à quinta edição, com o tema: Age de Carvalho: Arquitetura poética, homenageando o poeta paraense Age de Carvalho. O evento é organizado pela turma da disciplina Estudos do Poema/2012, vinculado ao Mestrado de Letras/UFPA e coordenado pela Prof.ª Dr.ª Lilia Silvestre Chaves.

O Simpósio Olhares sobre o poético é realizado desde 2008, quando se escolheu o poeta Mário Faustino para se homenagear. Em 2010, foi a vez de Max Martins. Entre esses anos, em 2009, quando Benedito Nunes completou 80 anos, foi ele o homenageado e, no sarau desse ano, foram lidos os textos que o crítico paraense dedicou à interpretação de inúmeros autores.

Age de Carvalho nasceu em Belém do Pará, em 1958. Formou-se em Arquitetura pela Universidade Federal do Pará em 1981. Ele começou a sua carreira como designer gráfico em grandes agências do Norte e Nordeste do Brasil. A partir da segunda metade da década de 80 e ao longo dos anos 90, ele atuou como diretor de arte de várias revistas na Áustria (Wiener, Wienerin, Ikarus) e na Alemanha (Wiener e Joy, entre muitas outras publicações). Atualmente trabalha e vive em Vienna como diretor de arte e designer gráfico.

Age de Carvalho lançou seu primeiro livro de poemas, Arquitetura dos Ossos, em 1980. Já em 2006 é publicada na Alemanha a extensa antologia poética Sangue-Gesang (Cantos do Sanguei), traduzida por Curt meyer-Clason.


Para mais informações, consulte o blog do evento.